O macabro caso Fritzil
Elisabeth Fritzl (nascida em 8 de abril de 1966) é uma mulher austríaca que foi mantida pelo seu pai, Josef Fritzl, durante 24 anos confinada a um bunker, e por ele abusada sexualmente. Aos 18 anos, com a desculpa de que precisava de ajuda para instalar uma porta, Josef pediu a Elisabeth que descesse até o bunker. Lá, drogou-a e acorrentou-a.
Elisabeth Fritzl |
Elisabeth foi presa em 1984. Na época, o pai teria forçado a filha a escrever uma carta dizendo que tinha fugido e que não a procurassem mais. No entanto, ela estava no porão da casa, onde foi violentada repetidas vezes, dando origem a sete gestações. Apesar de todas as crianças terem nascido no porão, Fritzl deixou três na porta de sua própria casa, como se a mãe os tivesse abandonado ali.
Alexander, 12 anos, Monika, 14 anos e Lisa, 16 anos, cresceram como se nada tivesse acontecido. Outros três filhos permaneceram com a mãe: Kerstin, 19 anos, Stefan, 18 anos e Felix, 5 anos. A sétima criança morreu logo após o nascimento e teve o corpo incinerado por Fritzl. Enquanto tudo isso acontecia, o engenheiro era considerado amável e educado pelos vizinhos. Rosamarie, a mãe de Elisabeth, sempre disse que seu marido estava muito triste pelo desaparecimento da menina.
Em função da doença de Kerstin, 19 anos, Fritzl teria decidido libertar Elisabeth e dois dos filhos que viviam com ela, dizendo à sua mulher que a filha desaparecida havia voltado para casa. As investigações logo levaram a polícia à casa de Josef, onde o cativeiro foi descoberto. Lá, Kerstin e seus irmãos Stefan e Felix viveram com Elisabeth sem nunca ter visto a luz do sol.
Segundo a primeira declaração da vítima, seu pai começou a abusar dela quando tinha 11 anos de idade e aos 18 a deteve. Depois de ser libertado, o caçula dos três filhos presos no porão, que, como os irmãos, nunca havia visto a luz do dia, declarou à assistente social que estava feliz de poder "subir em um carro de verdade". Elisabeth e os filhos foram encaminhados a uma unidade psiquiátrica de uma clínica regional.
O local em que Elisabeth e três de seus filhos foram mantidos presos foi construído sob uma casa da década de 1960, onde Josef vivia. O porão tinha cerca de 60 m², uma pequena cozinha, banheiro, televisão e espaço para dormir. O acesso era feito por uma porta de aço localizada atrás de estantes e que só podia ser aberta com uma senha eletrônica conhecida apenas por Fritzl.
Lá também foi encontrado um quarto com isolamento acústico, possivelmente para impedir que as vozes fossem ouvidas do lado de fora da casa. Segundo a polícia, Fritzl teria deixado claro para a mulher e para os outros filhos que era proibido tentar entrar no local. Ainda segundo as autoridades, todas as manhãs ele levava comida para os prisioneiros
Josef foi condenado a prisão perpétua pelos crimes de sequestro, estupro, homicídio (do filho morto) por negligência, entre outros. Apesar da resistência do início, Josef confessou todos os seus crimes. Elisabeth, para ser poupada de depor na frente de seu agressor, gravou um vídeo de mais ou menos 11 horas em que conta tudo o que passou nos anos de cativeiro. Esse depoimento foi transmitido aos poucos durante o julgamento do pai estuprador. Nele, inclusive, Elisabeth relata que sofria abusos desde que tinha 11 anos. Alguns membros da imprensa dizem que Elisabeth estivera presente no julgamento disfarçada e que, ao ser avistada pelo pai, este confessou todos os crimes. Hoje, Elisabeth vive com os seis filhos em uma aldeia austríacada com o novo namorado, um dos membros de sua segurança. Todos os membros da família têm novos nomes e uma vida aparentemente normal.
Joseph Fritzl |
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