Os Warrens

Edward "Ed" Warren Miney (7 de setembro de 1926 - 23 de agosto de 2006) e Lorraine Rita Warren (nascida em 31 de janeiro de 1927) foram investigadores de fenômenos paranormais e autores associados com casos de destaque de assombração. Edward foi um veterano da Marinha na Segunda Guerra Mundial e ex-oficial de policia que se tornou um autodidata, especialista em demonologia (estudo a respeito dos demônios), autor e conferencista. Sua esposa Lorraine é uma clarividente e uma médium de transe leve que trabalhou com o marido.

Em 1952, os Warrens fundaram a New England Society for Psychic Research, o mais antigo grupo de caça fantasma na Nova Inglaterra. Eles escreveram vários livros sobre o paranormal e sobre suas investigações privadas em vários relatos de atividade paranormal. Eles alegaram ter investigado mais de 10.000 casos durante sua carreira.

Os Warrens

Separei os três casos mais conhecidos dos Warren que inspiraram famosos filmes de terror.


1) Caso Harrisville: Família Perron

INSPIROU: Invocação do Mal (The Conjuring), 2013

Em 1970, Roger e Carolyn Perron compraram uma casa onde pretendiam criar seus cinco filhos. A casa ficava em um terreno muito bonito e já havia abrigado outras oito famílias anteriormente. Quem olhava de fora não percebia que o local já havia sido palco da dor e do terror: dois enforcamentos, um envenenamento, dois afogamentos e quatro casos de homens congelados até a morte. A família conta que as manifestações e aparecimentos de assombrações começaram desde a mudança deles para a casa, mas, até então, todos eram pacíficos e pareciam não se importar com a presença do casal e dos cinco filhos. “Todo mundo que sabíamos ter vivido na casa passou por isso [as manifestações]”, disse um membro da família Perron.

Mas nem todas as aparições eram amigáveis. Havia um espírito tão mau que os Perron até hoje não comentaram o que ele fez com a família. “Vamos apenas dizer que havia um espírito masculino muito ruim na casa – com cinco garotinhas”, disse Andrea Perron. Porém o pior deles era o fantasma de Bathsheba Sherman, uma “alma esquecida por Deus”.

Bathsheba era uma mulher casada que vivia numa fazenda vizinha à casa, no fim do século 19. De acordo com a história, ela teria sido acusada de bruxaria depois que um bebê morreu misteriosamente sob seus cuidados. Mesmo não havendo provas de seu envolvimento com bruxaria ou com o assassinato, os moradores acreditavam que ela teria matado o bebê para honrar Satanás. A lenda também conta que, antes de morrer, ela teria amaldiçoado suas terras e os moradores que viessem a viver no lugar. Foram contadas mais de 25 mortes sob circunstâncias misteriosas depois de seu falecimento.

A entidade teria começado a sentir-se atraída por Roger e tentado fazer de tudo para tirar Carolyn da casa, torturando-a de várias maneiras, até tentar outra maneira de conseguir o que queria: possuindo-a. Foi então que os Perron decidiram chamar o casal Warren. Para Ed, não restavam dúvidas: Carolyn estava possuída. “A noite em que pensei que veria minha mãe morrer foi a noite mais terrível de todas. Ela falou com uma voz que nunca tínhamos ouvido antes e uma força que não é deste mundo a jogou a seis metros de distância em outra sala”, disse Andrea sobre a noite do exorcismo que ocorreu.

Infelizmente, as coisas só pioraram. Os Warren não conseguiram resolver o que afligia a família Perron e a solução foi fugir em 1980 para outro estado.



2) Caso da família Smurl

INSPIROU: A Casa das Almas Perdidas (The Haunted), 1991

a família Smurl

Para escapar de inundações e dos danos dos furacões da cidade de Agnes, o casal Jack e Janet Smurl e suas duas filhas, Dawn e Heather, mudaram-se para um duplex em West Pittston em 1972. Logo após se instalarem no local, Janet deu à luz os gêmeos Shannon e Carin. Durante os primeiros 18 meses vividos na casa, a família encontrava-se feliz com sua nova moradia, até que, em 1974, o clima começou a mudar.

Gavetas começaram abrir e fechar sozinhas, a TV de Jack explodiu, manchas estranhas apareceram no tapete, cheiros amargos e desagradáveis começaram a se manifestar, Janet foi puxada da cama após fazer amor com o marido e até mesmo o cachorro pastor alemão foi vítima de espancamentos e maus-tratos. Os Smurl logo contataram Ed e Lorraine e o casal descobriu que a família era perturbada por três espíritos menores e uma entidade demoníaca. A intervenção dos Warren parecia só piorar a situação (de novo!). Jack fora estuprado por um súcubo (demônio feminino) enquanto Janet fora abusada sexualmente por uma figura humanoide, ouvindo barulhos de porcos (sinal grave de infestação demoníaca).

A igreja recusava realizar um exorcismo e o casal recorreu ao Padre McKenna, que realizou dois rituais e não fez nada além de irritar o demônio. Jack, então foi à TV, participando de um programa local chamado “As pessoas estão falando”. Após várias recusas da igreja, a imprensa pressionou a diocese de Scranton a fornecer ajuda.

Foi realizado um terceiro exorcismo na casa e as coisas finalmente pareceram dar certo. Mas a paz durou apenas três meses. Jack encontrou um sinal em forma de tomada na parede, agarrou o terço e rezou, pensando em ser um caso isolado, porém não era. Logo a antiga rotina da casa voltara, dessa vez mais violenta. Os Smurl mudaram-se para outra cidade, então. A Igreja Católica realizou um quarto exorcismo em 1988, o que parece ter colocado um fim ao pesadelo.


3) Caso Amityville

INSPIROU: Horror em Amityville (The Amityville Horror), 1979

A família DeFeo – composta por pai, mãe e cinco filhos – se mudou para o número 112 da Ocean Avenue em 1965. No dia 13 de novembro de 1974, Ronald DeFeo Jr., o irmão mais velho, matou toda a família utilizando uma espingarda. Inicialmente, ele alegou que o crime havia sido cometido pela máfia, mas a polícia descobriu que ele havia sido o autor. O homem foi julgado e condenado pelo crime no mesmo ano e está preso até hoje.

Ronald DeFeo Jr.

Os Lutz (George, Kathy e seus três filhos) compraram a propriedade em 1975. A família afirmou que sabia que a casa havia sido palco de uma noite de horror, mas que não se importavam com o que tinha ocorrido. No dia em que se mudara, levaram o padre Ralph Pecoraro para abençoar o local. Ele alegou, em entrevistas posteriores, ter ouvido uma voz lhe dizer “get out” (“saia”) enquanto fazia seu ritual.

A estadia dos Lutz não durou muito. A família vivenciou áreas estranhamente geladas na casa e viu a porcelana do banheiro ficar preta. Um dos filhos, Daniel, teve uma das mãos esmagadas por uma janela. Já a filha, Missy, tinha uma amiga iamginária/paranormal chamada Jodie, que assumia formas como de anjo e de porco. Após 28 dias, a família fugiu e deixou todas as suas coisas para trás.

Os Warren não participaram do caso enquanto os Lutz estavam lá, mas chegaram a investigar a casa posteriormente. Em suas investigações, tiraram a famosa foto que mostraria o espírito de um garotinho espiando por uma porta (veja abaixo). Alguns apontam que seria um dos filhos pequenos dos DeFeo.

Praticamente tudo que aconteceu no caso Amityville (tirando os assassinatos cometido por DeFeo) é alvo de especulação. Muita gente diz que tudo não passa de uma farsa. É fato que os filmes inspirados no caso e as entrevistas dadas pela família ajudaram a inflar a história. Talvez nós nunca saibamos o que realmente aconteceu ali…



Fonte: super.abril.com.br 

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