O Doppelgänger de Emilie Sagée

Doppelgänger, segundo as lendas germânicas de onde provém, é um monstro ou ser fantástico que tem o dom de representar uma cópia idêntica de uma pessoa que ele escolhe ou que passa a acompanhar, o que hipoteticamente pode significar que cada pessoa tem o seu próprio. Também são conhecidos como duplo-eu ou sósia.

O caso mais conhecido sobre o assunto é o de Emilie Sagée, uma francesa professora do Pensionato von Neuwelcke para Meninas que, na época, tinha 32 anos. 




Segundo os rumores, em 1845 descobriu-se que esta professora tinha um doppelgänger a perseguindo. Apesar de parecer insanidade, haviam provas e testemunhas de que realmente a professora tinha uma cópia, as alunas de Emilie seguidamente viam suas duas versões ao longo das aulas e ficavam apavoradas. Certa manhã, em uma sala com 13 alunas, a Professora Sagée estava passando sua lição no quadro negro quando, de repente, seu Doppelganger apareceu e começou a imitar todos os seus gestos e movimentos, porém não segurava nenhum giz entre seus dedos. Então, algum tempo depois durante um jantar, Emilie estava fazendo sua refeição normalmente quando, de repente, sua cópia apareceu atrás de si e começou a, mais uma vez, repetir seus gestos mesmo sem utilizar talheres

Porém, nem sempre este curioso doppelgänger aparecia imitando Emilie, durante o verão de 1846 42 meninas estavam no hall da escola se acomodando para esperar o início de suas aulas de costura e bordado. Conforme iam se sentando, podiam ver através da janela a Professora Sagée colhendo flores no jardim. Então, o professor que estava na sala teve de se ausentar para falar com a diretora e, assim que sai da sala, o doppelgänger de Emilie toma seu lugar, sentando-se em sua cadeira. Neste momento, as estudantes se apavoraram, pois, podiam ver ambas as versões de sua professora ao mesmo tempo, mas em locais separados. Então, duas meninas se encheram de coragem e foram até a tal cópia para ver o que acontecia. Falaram com a falsa Emilie, porém não houve resposta, então elas tentaram toca-la e não conseguiam, era como se houvesse um campo de força que impedia a aproximação. Quando elas finalmente conseguiram chegar próximas ao toque, o espírito começou a lentamente desaparecer. Emilie Sagée disse jamais ter visto seu próprio doppelgänger, porém sentia-se sempre extremamente cansada, era como se suas forças fossem todos os dias drenadas para outro corpo, mal sabia ela que realmente havia outro alguém se alimentando dela.

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